Está na altura de fazeres contas à vida e de te preparares a sério para o Exame de Matemática A. Resolvemos preparar umas quantas dicas para garantir que consegues tirar o máximo partido do teu estudo, sacando assim, o máximo de pontos, neste exame!

 

1. Atenção às expressões-chave e faz receitas de 3/4 passos

Existem exercícios que se resolvem com recurso a raciocínios muito “rotinados”, como se fossem «receitas». Eis alguns exemplos:

 

  • (…) mostre que existe pelo menos (um ponto, uma solução…) -> Teorema ou Corolário do Teorema de Bolzano-Cauchy;

Este exercício resolve-se em 3 passos:

– A função é contínua… (pois trata-se da soma/produto/razão de funções trigonométricas, exponenciais, logarítmicas, racionais…, todas contínuas e bem definidas no intervalo indicado;
– Provar a condição inerente: 

– Conclusão:

 

  • (…) determine uma equação do plano [ABC] (…) -> vetor normal e um ponto do plano;

Este exercício contempla 2 grandes passos:

– Encontrar de algum modo um vetor (a, b, c) que seja perpendicular ao plano (pode ser óbvio, mas pode estar definido numa aresta de um sólido que, aparentemente, não tem muito a ver…)
– Quando a equação estiver definida (ax + by + cz + d = 0), substituir pelas coordenadas de um ponto para determinar o valor de d.

 

  • Cálculo de probabilidades -> Calcular o número de casos possíveis e o número de casos favoráveis;

Este exercício normalmente contempla estes 2 passos:

– Calcular o número de casos possíveis (deves ignorar as restrições do problema e determinar o número máximo de extrações, escolhas, sequências que são possíveis);
– Calcular o número de casos favoráveis (deves agora ter em conta as restrições do problema (números pares, mais raparigas que rapazes, bolas de cores diferentes…)

 

  • Existem mais exercícios que permitem esta abordagem (limites segundo Heine, indeterminações…).

É um bom método de estudo não te limitares a resolver exercícios, mas sim estabeleceres um padrão para construíres um algoritmo de resolução, com 3 ou 4 etapas.

 

2. Verificar Monotonia, Extremos, Concavidades e Pontos de Inflexão

  • (…) estude a função f(x)  quanto à monotonia e existência de extremos (…) -> estudo da 1.ª derivada;

Este exercício resolve-se em 4 passos:

– f'(x) = …
– f”(x) = 0 <=> …
– Quadro de sinais/variação
– Conclusão.

 

  • (…) estude a função f(x) quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à existência de pontos de inflexão (…) -> estudo da 2.ª derivada;

Este exercício também se resolve em 4 passos:

– f”(x) = …
– f”(x) = 0 <=> …
– Quadro de sinais/sentido das concavidades
– Conclusão.

 

3. Não te tornes (apenas) uma máquina de resolver exercícios e vê tudo

Verás que, muitas vezes, as duas fases do ano se complementam, quer nas matérias que são objeto de avaliação, quer no tipo de exercícios (numa fase o exercício de números complexos é mais teórico, na outra fase é mais prático…).

O teu estudo deve contemplar uma visão global da matéria, com resumos teóricos e os tais algoritmos/”receitas”, que deves identificar nas matérias em que isso é possível. Os teus resumos deverão ser minuciosos (por exemplo, no levantamento de indeterminações, devem constar todos os casos notáveis, que já estudaste no 3.º ciclo…).

 

4. Treina a leitura de enunciados

Muitos exercícios têm enunciados extensos e palavrosos. Tenta acompanhar a leitura dos mesmos com a análise da figura que, normalmente, os acompanha. Verás que, muitas das informações fornecidas, servem apenas para validar o que a figura apresenta e, desse modo, interiorizarás, muito mais facilmente, toda aquela informação.