Olá! O meu nome é Matilde. E há 2 anos era uma aluna desejosa que o secundário acabasse e que chegasse setembro para finalmente começarem “os melhores anos da minha vida”.

Esta minha vontade não estava propriamente ligada ao entusiasmo de viver o espírito universitário como fazia parecer. Não tive um secundário fácil (e agora percebo que está tudo bem!). Não me adaptei e apenas vi aqueles anos como uma passagem onde tinha de ter boas notas. 

Essa vivência fazia-me ver aquele próximo mês de setembro como a oportunidade perfeita para recomeçar e ter uma experiência académica que valesse realmente a pena! Foi então a altura de construir isso mesmo! 

Primeiro passo? Escolher a escola onde iria passar os míticos anos. Só sabia que adorava matemática e economia. E que queria estudar em Portugal. Primeiro desafio? A oferta de boas faculdades portuguesas era demasiado vasta e rica para pessoas indecisas com eu. 

Foram, então, muitas noites de pesquisa, muitas visitas a faculdades e muitas conversas com conhecidos de conhecidos para recolher opiniões e experiências. E ainda bem que assim foi, há mesmo muita informação disponível e nunca deve ser por desconhecimento ou preguiça que não chegamos onde queremos. 

Naqueles três terríveis anos de estudo de que já vos falei, defini uma frase (que aviso já parece ser dita por um professor chato ou uma mãe galinha) que me motivou mesmo e que facilitou a escolha de faculdade. Dizia a mim mesma: “tu queres poder chegar ao fim e escolher a faculdade e não que a faculdade te escolha a ti”. 

No fim, podia realmente escolher uma casa e não uma faculdade só porque tinha de ser. Podia ir à procura de um ambiente que realmente me desse a experiência que procurava e que mudasse a forma como via a adaptação e integração académica. 

Foi assim que recordei umas palavras: “vocês aqui podem realmente ser quem quiserem. A nossa dica será sempre escolherem a faculdade pela experiência que procuram. Se procuram o equilíbrio perfeito entre um ensino de excelência e um ambiente que vos proporcione amigos, convívios, oportunidades de entrarem no associativismo… venham até nós e mostrem que aluno querem ser, mostrem que se querem envolver e construam as vossas próprias oportunidades”.

Pois bem, eram exatamente aqueles os meus objetivos, parecia que aquela menina me conhecia e me estava a mostrar o caminho que tinha de seguir. Contexto? Estava numa apresentação de faculdades da Inspiring Future na minha escola secundária, e aquela menina era aluna do ISEG, Instituto Superior de Economia e Gestão. 

Desde então que surgiu em mim o bichinho de querer chegar ao ISEG, aproveitei todas as oportunidades que tive para contactar com a faculdade mas tentando manter o mesmo interesse por outras. Há imensas formas de o fazer. Fui, então, à Fábrica das Ideias no meu 11º ano (um fim de semana de empreendedorismo), ao Open Day, bem como à Futurália no meu 12º ano. A vontade de estudar ali crescia a cada conversa. No ISEG, são os alunos que nos dão a conhecer tudo e partilham as suas verdadeiras experiências.

A sensação de pertença àquele ambiente cada vez que lá ia fascinava-me e ia-me dando certezas aos poucos. Numa dessas visitas descobri o curso de Matemática Aplicada à Economia e Gestão que parecia o desafio perfeito para pôr à prova a eficácia da minha frase motivacional de mãe galinha. No fundo era um curso que juntava todas as minhas áreas de interesse, que não me desligava do meu lado “crominho” estudioso e que era lecionado na minha faculdade de sonho, onde acreditava que ia ter espaço para ser muito mais do que a menina que só estudava. 

E assim fiz, chegando ao segundo passo! Integração. Segundo desafio? Era uma aluna deslocada! Cheguei, portanto, com o mindset de querer conhecer pessoas, deixar a vergonha de lado e tal como tinha ouvido, construir as minhas oportunidades. 

O ISEG excedeu todas as minhas expectativas. A cultura de entreajuda dos mais velhos para com os mais novos fez com que nunca me sentisse sozinha. Mesmo! Fui com o espírito de me querer envolver, de querer fazer parte e de encontrar o meu lugar. E este tem sido, de facto, o ambiente certo para tal. Dois anos depois, posso dizer com todas as certezas que estão a ser os melhores anos da minha vida. Estou em três associações diferentes a explorar e a construir o meu futuro enquanto tiro um curso único numa das melhores faculdades de Economia e Gestão do país. Terceiro passo? Aproveitar o sonho! 

Hoje em dia, tenho a oportunidade de ser a menina que anda pelas escolas a dar o mesmo conselho aos indecisos e nervosos como a Matilde ou aos confiantes e seguros como tantos outros. A verdade é que esta é uma fase vista por todos de forma muito diferente, e a ideia que quero que fique, é que está tudo bem. Podemos não nos identificar hoje com o que nos vamos identificar nos próximos anos e até pode ser preciso arriscar para perceber qual é o nosso lugar. Mas uma coisa eu garanto, há sempre um lugar certo para cada um.