Durante todo o teu percurso, a expressão “Exame Nacional” associou-se certamente a sentimentos de incerteza, curiosidade ou até medo. Terás ouvido a expressão repetida tantas vezes na escola, nas redes sociais, nos jornais ou em família – por exemplo, ao observares os teus familiares mais velhos a lidar com a ansiedade resultante de terem um Exame Nacional no calendário. Mas afinal, qual a sua finalidade e qual o impacto na vida de um estudante? Já realizaste um Exame Nacional e, ainda assim, tens dúvidas sobre a forma como afeta a tua jornada académica? Estás com dúvidas se necessitas mesmo de realizar qualquer Exame Nacional? Vamos ver todas estas questões…

A expressão “Exame Nacional” é normalmente associada aos exames realizados nas etapas finais do Ensino Secundário. Ainda assim, caso estejas esquecido, são promovidas pelo Instituto de Avaliação Educativa, IP (IAVE), Provas de Monitorização da Aprendizagem (ModA), nos 4º e 6º ano de escolaridade e Provas Finais do ensino básico no 9ºano de escolaridade.  É claro que estas provas não se traduzem no peso que os Exames Nacionais do Ensino Secundário têm no teu percurso académico futuro e na tua vida. Foquemos então nestes últimos.

Porque é que tenho de fazer os Exames Nacionais?

No guia geral de exames encontramos as situações nas quais os alunos se devem inscrever nos exames nacionais. Escolho por simplificar estas situações em dois objetivos principais:

➡️Concluir o ensino secundário.

➡️Utilizar como prova de ingresso no acesso ao Ensino Superior.

Por muito que se gostaria de deixar os exames de parte, estes são parte integrante da conclusão do Ensino Secundário e, por outro lado, servem para comprovar que todos os alunos que se propõem a exame e o pretendem utilizar como prova de ingresso, têm aptidão para frequentar uma determinada instituição de Ensino Superior.

Assim, a partir de 2025, os alunos terão de realizar 3 exames para a conclusão do ensino secundário, sendo o exame de Português obrigatório nos cursos científico-humanísticos (realizado no 12ºano).

Os outros dois exames são escolhidos pelo estudante (tendo em vista os exames que pretende usar como prova de ingresso).

Um desses dois tem de ser, obrigatoriamente, realizado no 11ºano, sendo a uma disciplina da componente bienal específica ou o exame de Filosofia.

Estes exames, para os atuais alunos do 12º ano, valerão 30% da nota final da disciplina.

Quando te candidatares ao Ensino Superior, a tua nota de candidatura será obtida pela ponderação das notas de ensino secundário (que valerá pelo menos 40%), pela nota dos exames usados como provas de ingresso (que valerá pelo menos 45%) e se, for o caso, por pré-requisitos (que poderão valer até 15%).

Os últimos anos trouxeram alterações na ponderação das diferentes componentes da tua nota final de secundário. Terás sempre de fazer 3 exames para concluíres o Ensino Secundário, o de Português mais 2 exames à escolha (bienais ou trienais). Se estás agora no 10º ou 11º ano, os exames irão valer 25% da nota final da disciplina.

Na eventualidade da nota interna de uma disciplina ser inferior a 10 valores, não poderás realizar o exame nacional dessa disciplina. Nesta situação, podes realizar o exame  como aluno autoproposto e a nota que tiveres no exame será a tua nota final à disciplina.

Por fim, é importante saber que todos os cursos superiores deverão ter  como requisito (a partir de 2025) para prova de ingresso o conjunto de 2 a 3 provas, definidas pelas instituições de ensino superior. Para saberes que provas deves realizar para os cursos pretendidos podes pesquisar aqui no nosso site ou na webpage da Instituição de Ensino Superior que queres frequentar.